terça-feira, 17 de julho de 2012

Espetáculo teatral sobre Carlos Marighella representa UFRN no 25º FURB



O espetáculo teatral “Carlos Marighella e o Chamado de Cangoma” representa a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no 25º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (FURB), que acontece entre os dias 5 e 12 de julho.
A peça tem como ator o professor do Departamento de História do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) de Caicó, Lourival Andrade, que interpreta Carlos Marighella, fundador da Aliança Libertadora Nacional (ALN), um dos principais grupos armados na luta contra a ditadura.
O espetáculo conta com roteiro da professora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Eliane Lisbôa e direção de Pépe Sedrez, diretor e membro fundador da Companhia Carona de Teatro de Blumenau, SC.
Foram dois anos de preparação para se chegar ao produto final “Carlos Marighella e o Chamado de Cangoma”. A equipe entrevistou vários integrantes da ALN, entre eles Clara Charf, que também foi companheira de Marighella, e Frei Beto, que apoiou a ALN e hoje é militante dos movimentos pastorais e sociais.
Além disso, a equipe visitou os lugares onde Marighella foi preso e a Alameda Casa Branca, em São Paulo, onde foi assassinado numa emboscada armada pelo Departamento de Ordem Pública e Social (DOPS).
O Chamado de Cangoma
“Cangoma” é o tambor maior, que simboliza a notícia da liberdade para os escravos e é a partir dele que se faz possível compreender o Carlos Marighella retratado na montagem teatral.
O inimigo número um da ditadura militar está presente na peça através de sua paixão pela poesia, pelo carnaval e pelo futebol, a luta pelas liberdades reprimidas pela ditadura e seu amor por Clara Charf, sua companheira.
De acordo com Pépe Sedrez, “a intenção do espetáculo não é reproduzir o Marighella, mas passar para o público a dimensão de suas atitudes, mostrar o Marighella que existe em cada um de nós. Marighella está vivo. Este espírito revolucionário, esta busca incansável pela libertação dos trabalhadores nem a Ditadura conseguiu matar”.

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