O espetáculo teatral “Carlos Marighella e o Chamado de
Cangoma” representa a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no 25º
Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (FURB), que acontece
entre os dias 5 e 12 de julho.
A peça tem como ator o professor do Departamento de
História do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) de Caicó, Lourival
Andrade, que interpreta Carlos Marighella, fundador da Aliança Libertadora
Nacional (ALN), um dos principais grupos armados na luta contra a ditadura.
O espetáculo conta com roteiro da professora da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Eliane Lisbôa e direção de Pépe
Sedrez, diretor e membro fundador da Companhia Carona de Teatro de Blumenau,
SC.
Foram dois anos de preparação para se chegar ao produto
final “Carlos Marighella e o Chamado de Cangoma”. A equipe entrevistou vários
integrantes da ALN, entre eles Clara Charf, que também foi companheira de
Marighella, e Frei Beto, que apoiou a ALN e hoje é militante dos movimentos
pastorais e sociais.
Além disso, a equipe visitou os lugares onde Marighella
foi preso e a Alameda Casa Branca, em São Paulo , onde foi assassinado numa emboscada
armada pelo Departamento de Ordem Pública e Social (DOPS).
O Chamado de Cangoma
“Cangoma” é o tambor maior, que simboliza a notícia da
liberdade para os escravos e é a partir dele que se faz possível compreender o
Carlos Marighella retratado na montagem teatral.
O inimigo número um da ditadura militar está presente na
peça através de sua paixão pela poesia, pelo carnaval e pelo futebol, a luta
pelas liberdades reprimidas pela ditadura e seu amor por Clara Charf, sua
companheira.
De acordo com Pépe Sedrez, “a intenção do espetáculo não é
reproduzir o Marighella, mas passar para o público a dimensão de suas atitudes,
mostrar o Marighella que existe em cada um de nós. Marighella está vivo. Este
espírito revolucionário, esta busca incansável pela libertação dos
trabalhadores nem a Ditadura conseguiu matar”.
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